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ministro do
Turismo, Henrique Eduardo Alves, filiado ao PMDB, entregou sua carta de
demissão ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (28). Ele estava no cargo
desde 16 de abril do ano passado (leia
a carta de demissão ao final desta publicação).
Ligado ao
vice-presidente Michel Temer, que é presidente nacional do PMDB, Alves pediu
demissão na véspera do encontro que deve selar o desembarque do PMDB ao
governo. Desde o início do ano, ele é o primeiro ministro peemedebista a
entregar o cargo.
Na carta, Alves diz
que pensou "muito" antes de pedir demissão mas que,
"independentemente de nossas intenções o momento nacional coloca agora o
PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu
caminho, sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel
Temer".
No texto, o
peemedebista disse ainda que o diálogo no governo "se exauriu".
O G1 procurou o Palácio do Planalto
para saber o posicionamento da presidente Dilma Rousseff diante do pedido de
demissão e aguardava retorno até a última atualização desta publicação.
Ao pedir demissão,
Alves deixa de ter foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é
investigado no STF por supostamente ter se beneficiado do esquema de corrupção
que atuava na Petrobras e que é alvo da Operação Lava Jato.
Leia abaixo a
íntegra da carta de demissão de Henrique Eduardo Alves:
Excelentíssima Senhora Presidenta
Dilma,
Venho por meio desta carta entregar o
honroso cardo de Ministro do Turismo do seu Governo e agradecer por toda a confiança
e respeitosa relação mantida durante esses onze meses em que trabalhamos
juntos.
Pensei muito antes de fazê-lo,
considerando as motivações e desafios que me impulsionaram a assumir o
Ministério (e que acredito ter honrado): fazer do Turismo uma importante agenda
econômica, política e social do Governo e do País.
Mas, independentemente de nossas
intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos,
diante do desafio maior de escolher o seu caminho, sob a presidência do meu
companheiro de tantas lutas, Michel Temer.
Todos - o Governo que assumi e o PMDB
que sou - sabem que sempre prezei o diálogo permanente. Diálogo este que -
lamento admitir - se exauriu.
Assim, Presidenta Dilma, é a decisão
que tomo. Não nego que difícil, mas consciente, coerente, respeitando o meu Rio
Grande do Norte, e sempre - como todos nós - na luta por um Brasil melhor.
Estou certo de que, sendo a Senhora
alguém que preza acima de tudo a coerência ideológica e a lealdade ao seu
próprio partido, entenderá a minha decisão.
Respeitosamente,
Henrique Eduardo Alves
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